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Devaneios da chuva

Olho para os livros
na prateleira do quarto
Livros que quero ler
e que não comecei,
os que comecei
e não acabei…
Os projectos sonhados,
semi-projectados
sem meio, nem fim.
E vejo que os sonhos,
projectos e livros
são iguais para mim.

Inverno é
interregno na vida
que se entranha e se instala
como se fosse ficar.
Daqui vejo o fundo
de luz de um futuro
que quero e me estico
para agarrar.

Viajo mas durmo
Penso e procuro
um meio de ir.
Mas se não me levanto
perco o impulso
e tendo a cair.

Tenho esperança,
Mas a chuva já cansa
tolda-me a vista,
esfria-me a mente.
Que ela é precisa
eu sei, ela é vida,
é riqueza da gente!

Mas no sol eu renasço,
por isso o que eu faço
é só esperar.
Melhores dias virão,
Menos escuridão e alegria no ar!

Se o calor vem então,
eu me levanto e inspiro,
Sorrio e respiro
e torno a acreditar.

2 comentários em “Devaneios da chuva”

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