A 1a edição, de 85.
Desde que me conheço, que sempre vi este livro lá por casa.
A minha mãe sempre com as mãos ocupadas, ora a costurar, ora a tricotar, fazer crochet ou bordados. Tudo saía com esmero e perfeição das mãos da minha mãe, e no nosso guarda-roupa, poucas eram as roupas que tinham sido compradas em lojas (coisa que se ultrapassou na nossa adolescência)!
Às 3 filhas mais velhas (sendo eu a terceira) tentou ensinar qualquer coisa… lembro-me que comecei por aprender a fazer cordão com a agulha de crochet… mais tarde o tricot. Quanto à costura, a brincadeira era fazer vestidos para as bonecas.
Em casa da Etelvina (minha querida madrinha), havia uma gaveta no armário da cozinha que era reservada para guardar a caixa da costura e muitos trapinhos – pedaços de lençóis ou camisas, velhos panos de cozinha – que cortávamos e cosíamos como nos apetecia, na tentativa de fazer novas roupas para as bonecas e saquinhos para o pão… e de nos entretermos por um bom bocado sempre que lá estávamos.
Eu tinha já uns 12 anos quando a minha mãe começou a fazer mantas de patchwork para vender e nessa altura comprou também uma máquina de costura. Sempre que podia lá estava eu a tentar fazer qualquer coisa.
Bem, com a talentosa mãe que tenho e as brincadeiras de criança, eu deveria ser uma menina muito prendada hoje… não? Bem… claro que não! Tudo o que sei hoje continua a ser o básico…
Gosto de fazer tricot… Mas não sei pontos complicados, nem coser mangas em condições.
No crochet… o básico também, mas sempre me aventuro mais um pouco.
Na costura… improviso.
Nos bordados… tudo o que sei fazer são dois pontos, os mesmos que tenho aplicado nos meus bonecos: O de “cobertor simples” e o de “cadeia simples”… tudo bem simples portanto!
Foi principalmente por essa razão – porque quero finalmente ultrapassar o nível de aprendizagem “básico” – que ao fim de tantos anos de improvisos e aplicações simples… resolvi pedir esta relíquia emprestada à minha mãe.
Agora só espero ter TEMPO e PACIÊNCIA suficiente para esta aventura de aprendizagem autodidata!… (…e que a minha mãe tenha paciência, sempre que eu precisar de uma ajudinha!)
…
E porque estou a falar de bordados… Para quem não conhece ainda, aqui fica a sugestão para conhecerem os trabalhos da minha amiga bordadeira, criadora de peças lindas e únicas que aliam o tradicional ao contemporâneo:
Jubela.
Jubela.
também gosto muito dessa enciclopédia 🙂
obrigada por me incluíres nas tuas sugestões. beijinhos*
Os comentários estão fechados.